terça-feira, 29 de junho de 2010

(...) Em casa como de costume, descarregava a raiva na família, dava pontapés à bruta na ração do Ponchi, sem sequer pedir desculpa, e dormia profundamente em qualquer lado com a barriga de fora, mas a Tsugumi das alturas em que estava com o Kyõichi brilhava com um ar de tal felicidade que parecia até ter pressa de viver. Isto provocava-nos um sentimento de desconforto, como se o fundo do peito brilhasse de dor, exactamente como um raio de luz trespassando as nuvens.
O estilo de vida da Tsugumi era sempre assim assustador.
As emoções pareciam puxar em todas as direcções pareciam reduzir-lhe a vida ao momento presente, era deslumbrante. (...)

In Adeus, Tsugumi
Banana Yoshimoto

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