terça-feira, 29 de junho de 2010

(...) E silenciosamente, secretamente, desejava Shinzaemon. De início sentiu vergonha daqueles sentimentos ingovernáveis. Sabia que uma mulher era uma criatura sem importância que devia obediência ao pai até ser dada em casamento, depois ao marido até ele morrer, e a seguir ao filho. Essa era a ordem natural das coisas. Mas o seu marido e senhor - Sua Majestade, o xógum - estava morto e ela não tinha filhos. Numa época normal uma mulher regressaria para junto da sua família, dos pais, mas não viviam uma época normal. Restava a Sachi agarrar a sua vida com as próprias maõs e seguir os seus sentimentos, aonde quer que a consuzissem. Fora isso que que fizera a mãe. Entretanto, não fazia diferença aquilo que ou o que pensava. Tudo não passava de um devaneio desde que permanecesse emparedada na mansão Shimizu.(...)


In A última Concubina
Lesley Downer

Sem comentários:

Enviar um comentário